Nacionalismo Alemão

"Festa da Eurocopa reacende debate sobre nacionalismo alemão."

Desde a Copa de 2006, a Alemanha é invadida por uma euforia coletiva durante os grandes torneios de futebol. Alguns veem nisso o perigo de um novo nacionalismo alemão.

Bandeiras alemãs nas janelas, jardins e nos carros, cidadãos que cantam o hino nacional apaixonadamente, enquanto a mão repousa sobre o peito num gesto cheio de simbolismo. O rosto e o corpo são decorados com acessórios nas cores preto, vermelho e dourado. Há apenas alguns anos, essas imagens eram impensáveis na Alemanha, pois "não convinha" se orgulhar da Alemanha, devido às culpas ligadas ao passado do país.

A psicóloga social berlinense Dagmar Schediwy quis investigar essa questão a fundo para seu livro Ganz entspannt in Schwarz-Rot-Gold? ('Totalmente relaxado em preto, vermelho e dourado?', em tradução livre) e durante os últimos três torneios fez uma enquete com torcedores alemães nas ruas. O resultado foi que a maioria deseja, principalmente, expressar a vontade de fazer parte de seu país. 'Mas do ponto de vista da psicologia social, isso é perigoso', escreve Schediwy. Segundo ela, o orgulho em relação ao próprio grupo sempre vem associado à desvalorização de outros grupos."

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Imagem indicada por Everton Vilela, vulgo Zé.

Agora, esse medo de um possível retorno de um nacionalismo extremado na Alemanha é um tanto quanto exagerado; há grupos de extrema direita (como em todo o mundo), porém, representam uma minoria da população e tem defendido sua ideologia através das urnas, sem ameaça alguma de um surgimento de um novo Hitler.