Agridoce
Sensações
são tudo. Te dizem o que fazer, como agir e pra onde ir e claro, se deve ir.
Há essa
sensação.
Que é
sentir tudo e não sentir nada ao mesmo tempo, que vem diretamente do mais fundo
do espírito. Arde, queima e conforta ao mesmo tempo.
É dor
misturada com prazer, é um querer sem fim, mais e mais daquilo que te tortura.
Um som, um
cheiro, uma imagem... Sensação, doce, amarga, astuta, que desafia!
Ela tira seu sossego, te joga no mais fundo abismo e te
resgata de lá da mesma forma. Das interações humanas, a mais desejada! Acima da
paixão e mais efêmera também.
Vem com o passar do tempo e fica, adormecida por muitas
vezes.
E por que tão desejada? Acredito que seja o desconforto na
alma que causa, sim diretamente na alma, sem freios nem receios. Atingi por
dentro mesmo, toca nas feridas mais profundas.
Quem nunca
teve algo que o fizesse sentir assim, bem e mal ao mesmo tempo, querer e não
querer e ainda assim querer muito mais de tudo isso. Essa sensação que queima
ao te levar pra outro mundo, uma atmosfera encontrada só nos sonhos mais
insanos, o inexistente que tanto se precisa. É tão passageira que mal da pra
ser sentida.
De todas a mais cara, a mais preciosa. Dor, conforto,
desconforto, alegria e tristeza.. Tudo de uma vez só, doce e azedo.
A tal
sensação buscada incansavelmente, em todos os lugares, em todas as pessoas, em
todos os sonhos. Querer correr dela e ir ao encontro dela de novo, querer
sentir e sentir que aquilo te machuca mais que qualquer coisa.
Acredito que poucos a sentem ou a compreendem de verdade.
Pra que afinal existe? Trazer tamanho desconforto intoxicante. O desconforto
faz pensar, faz a mente entrar em comunhão direta com a alma, une os desejos
mais obscuros e sem sentidos com o que realmente deve ser feito.
BITTERSWEET.
Sentir tudo
e nada numa luta infinda, dentro de você.
“I don’t
believe that anybody feels the way I do about you now”
- Oasis,
Wonder Wall.
Escrito por Kelly Rufino.
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